♠ Forja Luinwë ♠

por **Loise Luinwë** Sáb Ago 06, 2011 12:38 am

Após entrar dentro da loja, automaticamente se via a Parda que ficava atrás do balcão, normalmente com uma expressão sonhadora. Não se via a forja, a qual era oculta atrás de uma parede de pedra, mas o lugar ondes os fregueses esperavam seus pedidos eram bem frescos e confortáveis, apesar de simples. Haviam cadeiras, sofás e poltronas em todos os lugares e próximo da ferreira ficava um bule de chá, uma garrafa de café e um pouco de leita, alem de açúcar. No balcão, havia folhas ligeiramente amareladas de pergaminho onde clientes anotavam seus pedidos e um lugar para depositar moedas, o pagamento, que era protegido por um sistema de segurança inventado pela própria ferreira. Em uma parede havia um certificado escrito: Materiais de Skelipher, simbolo de qualidade. Se você se aproximasse, a Parda lhe entregaria um papel e lhe pediria que aguardasse.

Spoiler:

por **Loise Luinwë** Sáb Ago 06, 2011 11:29 pm

A parda estava deitada com os olhos fechados em cima do balcão com um jornal recente em cima de seu rosto. A mais de uma semana ela não recebia trabalhos e isso a deixava sem muitas coisas para fazer, exceto ir para sua forja e esperar algum cliente entrar, o que ela já não via a uma semana. Uma sineta tocou em uma loja próxima e pelo cheiro, ela sabia que era o padeiro anunciando que sua remessa vespertina de pães, bolos e outras coisas gostosas havia acabado de sair do forno.
Sem tirar o jornal do rosto, ela agilmente desarmou suas armadilhas envolta do caixa e pegou um pequeno quadrado de madeira lá de dentro. Ela o colocou em cima do balcão e se sentou, retirando o papel dos olhos. Cinco pequenas moedas avermelhadas estavam lá. A Parda xingou em seu idioma e colocou a caixa de volta, sem se preocupar em reativar as armadilhas. Nenhum ladrão gostaria de levar aquela quantia.
Ela pegou seus cabelos loiros e os prendeu com uma fita. Não havia nada que se fazer, a não ser forjar algo e tentar vender esse item para o Mercador local. Ao entrar em uma porta de madeira que conectava a sala de espera com a forja, ela se virou instantaneamente para uma bigorna, onde repousava um martelo com as seguintes letras gravadas: “L”, “O”, “I”, “S” e “E”. Loise.
A parda se dirigiu até uma parede onde havia um armário e pegou um bloco de ferro. Não era muita coisa, mas era a melhor que tinha. Ela começou a aquecê-lo no forno da forja. Demoraria um pouco até o metal ficar incandescente, por isso ela poderia fazer o design da arma. Pegou uma pena e o seu tinteiro, além de algumas folhas de pergaminho. Quando mais ela desenhava, mais a forja esquentava e mais fora da realidade suas armas ficavam.
Quando Loise finalmente fez algo crível, algo a alarmou. Derrubou sua cadeira e desalinhou a mesa enquanto corria para o forno. O ferro havia ficado incandescente e estava ficando liquido. Ela tinha que se apressar.
Pegou um molde em forma de pentágono, um pouco menor que um escudo comum, e cinco moldes triangulares. Se apressou e colocou o ferro liquido no molde central e depois nos triangulares secundários. Demoraria um pouco para o metal resfriasse, mas nem por isso Loise descansou. Ela separou couro para revestir seu futuro escudo e dobradiças e traves para fazer os triângulos funcionarem.
Depois de algum tempo e das partes do escudo resfriarem, a parda começou a trabalhar duro. Pegando seu martelo, ela começou a curvar a parte central do escudo e depois a lustrá-la, a deixando mais bonita. O desafio seriam os triângulos, já que ela nunca fizera algo tão complexo assim antes. Respirou fundo e começou a afiar as partes secundarias, o que demoraria um pouco, portanto suas mãos foram deixadas no automático enquanto a mente vagava.
O escudo era bem leve, mas a parda tinha certeza que protegeria o usuário, mas ela não o projetará apenas para ser um escudo comum, ela o projetará para ser também uma arma. Seus pensamentos fizeram uma nota mental: Arma? Talvez. Arremesso? Indefinido.
Após terminar o quinto triangulo, ela se pós a lustrá-los e finalmente entrou na faze final: montar o escudo. Ela fixou os triângulos nos lados de pentágono com as dobradiças e o fez parar em duas posições: ativado e recolhido. Quando ele estava recolhido, acabava fazendo uma ponta na frente do escudo. Loise queria assim, e a ponta também era bem afiada.
O sistema de recolhimento/ativação das pontas demorou um pouco, mas ela finalmente o terminou, junto com o revestimento interno do escudo, feito do couro mais confortável que ela pode encontrar em sua forja. Testou o sistema de ativação algumas vezes. Funcionava bem e o escudo era bem leve, mas ela sabia que era muito pesado para voar.
Ela suspirou fundo e foi até um boneco de palha em uma parte da forja. Ativou o escudo e fez um movimento que um guerreiro faria para utilizar aquele item. Funcionou bem, cortando metade da cabeça do pobre boneco. Aquilo faria um bom estrago caso fosse usado em alguém sem armadura.
Ela colocou o escudo recolhido dentro de uma bolsa de couro e saiu da forja, mas as paredes de sua oficina haviam ganhado o rascunho de um escudo com as seguintes palavras escritas em baixo:
Pentagrama: Arma? Talvez. Arremesso? Indefinido. TENTAR REPRODUZIR MAIS TARDE!

Spoiler:

por **Skelipher** Qui Ago 11, 2011 2:40 pm

Atualizado

por **Raven Woodsoul** Ter Set 06, 2011 7:00 pm

Meu nome significa parais, mas o mesmo está tão longe de mim... Parei alguns segundos observando a entrada da forjas, pensativa. Luinwë... Já havia ouvido aquele nome em algum lugar. Suspirei e entrei.

- Eu gostaria de um arco - disse para a garota. Era meio difícil de acreditar que ela era a ferreira, porém não havia nenhum movimento nas forjas e ela era a unica pessoa ali. Após algum tempo falei novamente:

- Use minha espada, por favor. Eu tenho dinheiro. - coloquei uma bolsa de couro na mesa, preenchi rapidamente a ficha e fui me sentar, esperando meu arco ficar pronto.

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Forjando um Pentagrama!

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